9 de janeiro de 2013

Excesso de peso aumenta o risco de hipertensão, diabetes e outras doenças graves


Um em cada dez adultos no mundo é obeso. São mais de um bilhão de pessoas, número que supera o dobro de obesos que existiam em 1980.

“Excesso de peso, obesidade, hipertensão e colesterol alto já não são mais problemas somente dos países ricos e do ocidente”, disse Majid Ezzati, do Imperial College London e da Harvard University, que conduziu os estudos publicados na revista especializada Lancet.

A pesquisa, realizada juntamente com a Organização Mundial de Saúde (OMS), é um estudo comparativo de mudanças nos principais fatores de risco que afetam a saúde do coração.

Os problemas cardíacos são o inimigo número 1 do mundo industrializado – a cada ano, milhões de dólares são gastos em dispositivos médicos e medicamentos para tratamento destes males. O estudorevelado na quinta-feira (3) mostra o progresso em algumas áreas, mas trás também informações sobre regiões mais preocupantes.

A América do Norte, por exemplo, viu grandes avanços na redução dos índices de hipertensão arterial descontrolada nos homens. Em países como a Austrália, Nova Zelândia e Nova Guiné, os índices de hipertensão nas mulheres também melhoraram.



Mas, o índice de massa corporal (IMC) – medida essencial para detectar a obesidade – vem aumentando por toda parte. “O mundo está ficando cada vez mais obeso”, disse Ezzati em entrevista telefônica.

O excesso de peso e a obesidade aumentam os riscos de desenvolver doenças cardíacas, diabetes, alguns tipos de câncer e artrite. A hipertensão, outro importante fator de risco para as doenças cardíacas, é a principal causa de mortes no mundo.
Doenças relacionadas à obesidade justificam quase 10% dos gastos médicos nos Estados Unidos, o que representa um valor estimado de147 bilhões de dólares por ano. Na Europa, mais da metade dos adultos são obesos ou estão acima do peso, dado que pressiona as já estendidas verbas para a saúde pública.

O estudo mostra que os mais graves riscos para o coração já não são mais um problema que aflige somente as nações ricas do ocidente. “Se deixamos de lado dois ou três países – Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia – o índice de obesidade é mais alto em nações de renda média”, disse Ezzati.

Fonte: saude.ig

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